Caminhar nem sempre é fácil, encontrar respostas do que não se conhece muito menos, discutiremos aqui questões mais profundas, a mente suas disfunções, tratamentos, como ela funciona, suas patologias e as soluções para uma vida mais agradável, afinal o fato de você ser portador de uma patologia não quer dizer que não possa ter uma vida social e pessoal saudável, desde que aceite e siga o tratamento de uma forma correta.
Fui diagnosticada portadora de transtorno bipolar aos 17 anos, vivi uma tormenta que eu acreditava que nunca mais acabaria. Até o diagnostico foi um longo caminho, descobrir o distúrbio, encontrar um bom psiquiatra, medicação correta... tentativa de suicídio.
Encontrar um bom médico faz parte do sucesso do tratamento e de uma vida normal. Quem me vê jamais acreditaria que passei pelo que passei, quando falo que tenho um transtorno bipolar, escuto: -Para com isso, você não tem nada.
Que bom que eu possuo um filtro que me ajuda a discernir o que é certo do que é errado. Uma vez, escutei da minha médica em uma das minhas muitas lamúrias o seguinte, quando eu questionei sobre o tempo de tratamento e o uso da medicação:
"o sucesso do tratamento não depende só da sua vontade e sim, do uso da medicação. Suas emoções são mais fortes que você, não depende da sua boa vontade!" (sinceridade e diálogo foram essenciais para o sucesso do meu tratamento)
Hoje depois de nove anos de tratamento, algumas recaídas e surtos, ora depressivos ora maníacos, encaro minha medicação como o café que se toma todos os dias.
Não sou uma maluca, mais aprendi a lidar com o perigo que me ronda, afinal qual o problema de se tomar um comprimido por dia. Quantas pessoas já perderam tudo que se construiu em uma vida ou até mesmo, a vida por causa de um preconceito bobo.
Se você precisa, tome sua medicação. O fatos de você tomá-la não caracterizará seu caráter, mas pode ser a linha que separa a vida da morte.
Se você procura um lugar para discutir rótulos e distúrbios, pode entrar, aqui é sua casa.
